domingo, 27 de dezembro de 2009

ILHA DE CANELAS


Paraíso dos guarás


A ilha de Canelas, ou ilha da Passarada, como é mais conhecida, fica a 5 km de Bragança, no litoral norte do Pará. Ela abriga um extenso manguezal, berçário de milhares de pássaros guarás (Eudocimus ruber), e também hospeda maçaricos, gaviões e cinco tipos de garça.Os guarás nascem pardos e adquirem esse tom escandaloso das fotos por causa dos carotenóides, substância presente nos caranguejos, que são seu principal alimento.As aves adultas partem ao amanhecer para mariscar a até 50 km de distância, deixando os filhotes desprotegidos nos ninhos. Todos os dias, pouco antes do pôr-do-sol, centenas deles retornam, tingindo o céu em pleno vôo, a caminho do ninhal. É um espetáculo deslumbrante e acontece de abril a julho.Alguns pássaros são capturados pelos pescadores, que gostam de criá-los como “xirimbabos”, animais de estimação. “São mansinhos como galinhas, comem milho, só que com saudades do manguezal ficam amuados e desbotam”, conta Bode, um nativo da ilha. Para evitar que isso aconteça, preservar o meio ambiente e educar tanto a população local quanto os visitantes, a Universidade de Bragança criou o Madam (Manejo e Dinâmica em Áreas de Manguezal), projeto de cooperação entre cientistas brasileiros e alemães. “Conhecer é preservar”, sintetiza o pesquisador paraense Inocêncio Gorayeb, coordenador do grupo.Para chegar lá, é preciso contatar um pescador e esperar a maré favorável, e não é possível ficar hospedado nesse paraíso.

PONTOS TURÍSTICOS DE BRAGANÇA


INSTITUTO SANTA TEREZINHA

Fundado em 23 de novembro de 1938 e idealizado pelo padre D. Eliseu Maria Corolli.
Hoje funciona a residência das freiras e Escola de Ensino Fundamental, Médio e Educação infantil






IGREJA DE SÃO BENEDITO

Igreja de São Benedito em Bragança-Pará, localizada no Largo de São Benedito, também conhecido como Orla de Bragança. Igreja essa que sedia a festividade do santo de mesmo nome, que comemora-se no dia 20/12, com a participação de Marujos e Marujas, manifestando a cultura local através de sua dança e religiosidade. A festividade de São Benedito culmina com a procissão do santo no dia 26/12.

sábado, 26 de dezembro de 2009

MARUJADA DE BRAGANÇA.



Marujada: Bragança - PA


Uma das mais tradicionais festas populares do Pará, a Marujada, em louvor a São Benedito, reúne beleza e música em um espetáculo de cores.
Trata-se de um auto dramatizado, onde predomina o canto sobre a dança. Há uma origem comum entre a Marujada de Bragança e a Irmandade de São Benedito. Quando os senhores brancos atenderam ao pedido de seus escravos para a organização de uma Irmandade, foi realizada a primeira festa em louvor a São Benedito. Em sinal de reconhecimento, os negros foram dançar de casa em casa para agradecer a seus benfeitores.
A Marujada é constituída quase exclusivamente por mulheres, cabendo a estas a direção e a organização. Os homens são tocadores ou simplesmente acompanhantes. Não há número limitado de marujas, nem tão poucos há papéis a desempenhar. Nem uma só palavra é articulada, falada ou cantada como auto ou como argumentação. Não há dramatização de qualquer feito marítimo.
A Marujada de Bragança é estritamente caracterizada pela dança, cujo motivo musical único é o retumbão.
A organização e a disciplina são exercidas por uma "capitoa" e por uma "sub-capitoa". É a "capitoa" quem escolhe a sua substituta, nomeando a "sub-capitoa", que somente assumirá o bastão de direção por morte ou renúncia daquela.
As marujas usam blusa branca, toda pregueada e rendada. A saia, comprida e bem rodada, é vermelha ou branca com ramagens de uma dessas duas cores. À tiracolo levam uma fita azul ou vermelha, conforme ramagem ou o colorido da saia. Na cabeça usam um chapéu todo emplumado e cheio de fitas de várias cores. No pescoço usam um colar de contas ou cordão de ouro e medalhas.
A parte mais vistosa dessa indumentária é o chapéu. Os modernos são de carnaúba, palhinha ou mesmo de papelão, forrado na parte interna e externa. A aba tem papel prateado ou estanhado; na lateral o papel tem várias cores; e em torno, formando um ou mais cordões em semi-círculos, são colocadas alças de casquinhos dourados, prateados ou coloridos e espelhinhos quadrados ou redondos. No alto do chapéu são colocadas plumas e penas de aves de diversas cores, formando um largo penacho com mais ou menos cinqüenta centímetros de altura. Da aba, na parte posterior do chapéu, descem ao longo da costa da maruja, numerosas fitas multicores. O maior número ou argura das fitas, embora não indicando hierarquia, é reservado às mais antigas.
Os homens, músicos e acompanhantes, são dirigidos por um capitão. Eles se apresentam de calça e camisa branca ou de cor, chapéu de folha de carnaúba revestido de pano, sendo a aba virada de um dos lados.
Os instrumentos musicais são: tambor grande e pequeno, cuíca, pandeiros, rabeca, viola, cavaquinho e violino.
As marujas caminham ou dançam em duas filas. À frente de uma delas a "capitoa", e á frente da outra a "sub-capitoa", empunhando aquela um pequeno bastão de madeira, enfeitado de papel, tendo na extremidade superior uma flor. Atrás e ao centro, fechando as duas alas, vão os tocadores e os demais marujos.
Em fila, a dança é de passos curtos e ligeiros, em volteios rápidos, ora numa direção, ora noutra, inversamente. Assim elas caminham descrevendo graciosos movimentos, tendo os braços ligeiramente levantados para a frente à altura da cintura, como se tocassem castanholas. Dançando obedecem à música plangente do compasso marcado pelo tambor grande.
No dia 26 de dezembro, consagrado à São Benedito, há na casa do juiz da Marujada um almoço, do qual participam todas as marujas e pessoas especialmente convidadas. O jantar é oferecido pela juíza, na noite desse dia. A 1º de janeiro o juiz escolhido para a festa seguinte é o anfitrião do almoço desse dia. Durante o ágape é transmitido ao novo juiz da festa o bastão de prata com uma pequena imagem de São Benedito, que é o emblema do juiz, usado nos atos solenes da festividade de São Benedito.

PRAIA DE AJURUTEUA


- Praia de Ajuruteua - " Muito prazer no verão "


Considerada uma das mais belas praias do litoral paraense, Ajuruteua recebe, nas férias de julho, considerável número de turistas que vão curtir a paisagem natural e um agitado programa de veraneio.O caminho para Ajuruteua já é uma festa para os olhos. Com a rodovia PA-458, que liga Bragança à Ajuruteua, a mansidão da viagem só é quebrada pela beleza indescritível da revoada de guarás, garças e outros pássaros e pelas fêmeas de caranguejo que, na época da procriaçao, atravessam a pista atrás de um lugar seguro para as crias.

UM POUCO DE HISTÓRIA.


A história de Bragança do Pará está relacionada com a conquista da Amazônia, durante o Período Colonial, uma vez que por volta de 1616 o atual território bragantino, terra dos índios tupinambás, foi visitado pelas primeiras missões portuguesas e espanholas. Álvaro de Souza, filho de Gaspar de Souza, fundou em 1634, o povoado Sousa de Caeté, à margem direita do rio Caeté, posteriormente transferido para a margem esquerda, onde, atualmente, se situa a sede municipal de Bragança.Já em 1760, deu-se a instalação da primeira Câmara Municipal de Bragança e em 1883 a cidade deu início à construção da Estrada de Ferro de Bragança, pois o objetivo do governo do Pará era transformar Bragança num grande celeiro para Belém e para a cidade de Salinas.Bragança prosperou com a ferrovia e segurou o declínio econômico causado pelo fim do ciclo da borracha, uma vez que representava um importante ponto intermediário com o Maranhão.Em 1955, o governo de Castelo Branco, tendo como Ministro da Aviação o Marechal Juarez Távora, extinguiu a Estrada de Ferro de Bragança sob a alegação de déficit.

LOCALIZAÇÃO DA CIDADE DE BRAGANÇA.


Fundação: 1634
Distância de Belém: 210
kmLocalização: Messoregião do Nordeste Paraense e Microrregião Bragantina.
Área: 2.090 km²
População: 102.232 habitantes
Limites: Norte, Atlântico; Sul, Santa Luzia do Pará e Viseu; Leste, Augusto Côrrea e Viseu; Oeste, Tracuateua.
À margem esquerda do rio Caeté está situado o município de Bragança, palco do primeiro pólo de ocupação européia da Amazônia, que logo se estabeleceu como a segunda cidade mais antiga do estado do Pará.Conhecida como "Pérola do Caeté", Bragança é comentada em todo mundo pela sua hospitalidade e pela diversidade de atrativos naturais e culturais, além de um conjunto arquitetônico que a diferencia das demais cidades do nordeste paraense.Um passeio pelo centro da cidade leva o visitante, de imediato perceber. A Arquitetura da época reflete a colonização européia nos séculos XIX e XX, que foi fundamental para o desenvolvimento do Municípío.A natureza é primordial para o turismo em Bragança. Não bastasse as paisagens das praias, os manguezais, campos e iguarapés, a natureza ainda presentea a cidade com uma diversidade de espécies como: carangueijo, sururu, peixes, camarão, ostras e várias frutas regionais.Da mandioca é produzida a melhor farinha de todo o Brasil, e está presente frequentemente na mesa do bragantino. Você que visita Bragança não pode deixar de participar desse farto banquete que a natureza oferece em nossa cidade.